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LUIZ OSÓRIO DESTACA POTENCIAL DO MERCADO DE TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO

O Seguro Gaúcho segue dialogando com expoentes do mercado segurador e realizou uma entrevista virtual com o empresário, palestrante e consultor Luiz Osório Silveira. Profissional habituado a avaliar o mercado, analisar indicadores numéricos e tendências referentes ao setor de seguros, ele atua de maneira intensa na área comercial, principalmente no segmento de títulos de capitalização e sorteios.

O entrevistado iniciou a conversa enaltecendo o produto título de capitalização por sua potencialidade e pela grande oferta de produtos. De acordo com Luiz Osório o mercado tornou-se bastante promissor por vários fatores, como: entrada de novos players; agilidade nos processos de autorização dos sorteios; plataformas digitais; redução dos valores cobrados pelas sociedades de capitalização; diversificação dos canais de distribuição; e produtos digitais massificados.

Ao ser questionado sobre a potencialidade comercial dos títulos de capitalização para os próximos anos, Luiz Osório respondeu que a alteração que houve no marco regulatório é bastante favorável ao mercado: “o novo marco regulatório de 2018 constitui-se na base necessária para novos produtos e também para normatizar cada modalidade (filantropia premiável, instrumento de garantia, tradicional, popular e incentivo). Precisávamos de uma regulação mais adequada para que ocorresse a estruturação necessária, o crescimento do mercado e a versatilidade das operações”.

O especialista também ressaltou que houve o aumento da fiscalização sobre as operações ilegais de sorteios e novos investidores optaram por esse mercado. Destacou também a importância da aprovação da Lei nº 14.332 de 04 de maio de 2022 que dispõe sobre a arrecadação de recursos por entidades beneficentes de assistência social por meio de títulos de capitalização”.

Durante a conversa o entrevistado mostrou-se bastante otimista com o segmento no Brasil pelo fato de a capitalização ser um investimento disseminado: “os títulos de capitalização só ficam atrás da poupança, sendo muito procurados pelos consumidores, em especial, das classes C,D e E. Embora muitas pessoas não saibam, no Rio Grande do Sul semanalmente são vendidos mais de um milhão de títulos de capitalização”.

Em julho de 2021 Luiz Osório publicou o livro “Legalize Sorteios, Rifas e Promoções Comerciais”. E naquele momento ele fez uma declaração significativa baseada nos estudos que o especialista realizou referentes ao mercado brasileiro de capitalização e sorteios. “O mercado de títulos de capitalização vai dobrar de tamanho nos próximos 5 anos”! Atualmente possui faturamento médio de R$ 22 bilhões ao ano e deverá atingir mais de R$ 45 bilhões em 2027”. Ao detalhar mais os números ele informou que em 2021 o mercado de capitalização faturou R$ 24,2 bilhões, além de apresentar o faturamento parcial deste ano. “De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) até setembro de 2022 o faturamento chegou a R$ 21,0 bilhões. Portanto, os títulos de capitalização devem atingir um volume recorde de R$ 28,2 bilhões ao término de 2022”, projetou o especialista.

Existem diversas modalidades de títulosde capitalização, onde o compradoraplica seu dinheiro e ainda concorre a prêmios. Uma delas é a filantropia premiavel que se constitui numimportante instrumentode ajudar as entidades filantrópicas: “nesse caso específico a pessoa cede o direito de resgate para uma organização de assistência social certificada”. É um produto ideal para clientes que desejam contribuir com entidades filantrópicas. Organizações como a Apae, Instituto Ronald, Pestalozzi, Graac e Hospital do Câncer, entre outras, vislumbraram na capitalização uma forma de arrecadar recursos”. Ele esclareceu que as entidades beneficentes estão amparadas por instrumento legal que acaba com incertezas e riscos de terem suspensas suas operações: “refiro-me a Lei nº 14.332 que trouxe segurança jurídica para as instituições filantrópicas”.

Ao ser questionado sobre de que forma os corretores de seguro poderão agregar o produto em seu portfólio, Luiz Osório apresentou várias alternativas e, entre elas, a possibilidade de os profissionais oferecerem para pessoas que desejam alugar imóveis residenciais ou comerciais, já que a capitalização disponibiliza uma opção vantajosa em substituição ao tradicional seguro-fiança, para quem necessita alugar um imóvel.

“A modalidade de título de capitalização denominada instrumento de garantia dispensa a figura do fiador e facilita a análise cadastral do pretendente, de maneira rápida e sem burocracia. Em caso de não utilização do título, ao final do contrato o inquilino recebe o valor aportado”, explicou o entrevistado. Luiz Osório relembrou que existem várias companhias seguradoras que já operam com títulos de capitalização em seu portfólio: “e os corretores precisam estar familiarizados para ofertarem aos seus clientes esses produtos junto com os seguros tradicionais, fechar novos negócios que hoje já são feitos, pelo seu cliente, em outros canais de distribuição”.

Atualmente os títulos de capitalização estão chegando ao consumidor de várias maneiras, sendo comercializados em mais de 500 mil pontos de vendas no Brasil, como bancas de jornal, estabelecimentos bancários, lojistas e até nos aplicativos de aparelhos de telefonia móvel.

O entrevistado encerrou a conversa ressaltando que o mercado de capitalização e sorteios está preparado para o futuro. “O segmento está se aprimorando diante das necessidades e dos desejos dos consumidores em acessar produtos que são inovadores, feitos sob medida e oferecidos nos mais variados dispositivos digitais”, finalizou.

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